Tipos de Pesquisa: Quais São e Como Usá-los

Tempo de leitura: 14 minutos

No artigo de hoje, iremos discutir sobre os diferentes tipos de pesquisa existentes, conceituando e fornecendo exemplos. O presente conteúdo aqui colocado está dividido da seguinte forma:

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Introdução

A pesquisa científica é o caminho que percorremos para descobrir respostas, aprofundar conhecimentos e entender melhor o mundo ao nosso redor. Ao contrário do senso comum, que se baseia em opiniões e experiências pessoais, a pesquisa científica utiliza métodos sistemáticos, racionais e controlados para investigar fenômenos e produzir novos conhecimentos. Ela é uma busca lógica e metódica por informações novas e úteis, baseada na observação, experimentação, análise e interpretação dos dados​.

Essa prática é relevante não apenas para a ciência em si, mas para o avanço da sociedade como um todo. Através da pesquisa, podemos desenvolver novas tecnologias, formular políticas públicas, aprimorar processos educacionais, melhorar tratamentos de saúde e resolver problemas sociais, ambientais e econômicos. Em outras palavras, a pesquisa científica é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento humano.

Mas por que é tão importante compreender os tipos de pesquisa? Porque cada tipo possui uma função específica, um método próprio e uma aplicação diferente. Escolher o tipo de pesquisa adequado é como escolher o melhor caminho para chegar ao destino certo. Por exemplo, uma pesquisa que busca descrever um fenômeno é diferente de uma que pretende testá-lo ou explicá-lo. Conhecer essas diferenças evita erros no planejamento, melhora a qualidade dos resultados e aumenta a relevância do estudo.

Além disso, entender os tipos de pesquisa promove, como resultado, interpretar corretamente os estudos científicos publicados, saber quais têm mais evidência e quais exigem maior cautela. Isso é especialmente relevante em um mundo onde a informação circula rapidamente e nem sempre com precisão.

Antes de começar qualquer investigação científica, seja ela acadêmica, profissional ou institucional, precisa-se conhecer os tipos de pesquisa disponíveis e como usá-los da maneira mais eficiente possível.

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O que são e quais os Tipos de Pesquisa?

Quando iniciamos um projeto de pesquisa — seja um trabalho de conclusão de curso, uma dissertação, tese ou artigo científico — é comum surgir confusão entre termos como tipo de pesquisa, abordagem, natureza, método e técnica. Embora muitas vezes usados como sinônimos, esses conceitos possuem significados distintos e exercem papéis complementares no desenho metodológico de qualquer investigação científica.

Compreender essas diferenças permite garantir clareza, coerência e rigor ao trabalho acadêmico. A seguir, explicamos cada um desses elementos com base nas principais referências da área de metodologia científica.

Tipo de Pesquisa: O Que Você Quer Descobrir?

O tipo de pesquisa está relacionado ao objetivo principal do estudo, ou seja, o que se pretende alcançar com a investigação. Ele ajuda a orientar a estrutura do trabalho e o nível de profundidade exigido na análise dos dados.

Os tipos mais comuns são:

  • Exploratória: utilizada quando o tema ainda é pouco conhecido ou estudado. Tem como objetivo principal familiarizar o pesquisador com o fenômeno. Exemplo: investigar tendências emergentes em inovação pedagógica.
  • Descritiva: busca descrever características de um fenômeno, população ou realidade. Por exemplo, identificar o perfil sociodemográfico de estudantes de uma universidade.
  • Explicativa: vai além da descrição, procurando explicar as causas de determinado fenômeno, suas consequências ou relações entre variáveis. É mais complexa e exige maior aprofundamento.

Resumo: o tipo de pesquisa define o “para quê” da investigação.

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Abordagem da Pesquisa: Como Você Vai Trabalhar com os Dados?

A abordagem da pesquisa se refere ao modo como os dados serão tratados e analisados: se de forma numérica e estatística (quantitativa), interpretativa e subjetiva (qualitativa), ou combinando ambas (mista).

  • Quantitativa: utiliza números, medidas e estatísticas. É indicada quando se quer mensurar fenômenos, testar hipóteses ou generalizar resultados. Baseia-se em instrumentos padronizados, como questionários.
  • Qualitativa: busca compreender significados, sentimentos, intenções e contextos. Os dados são narrativos, obtidos por entrevistas abertas, observações ou análise documental. Ideal para estudos em ciências humanas e sociais.
  • Mista (Mixed Methods): integra abordagens qualitativas e quantitativas, buscando uma compreensão mais ampla e profunda do problema.

Resumo: a abordagem define “como você observa e interpreta” o fenômeno.

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Quanto à Natureza da Pesquisa: Qual o Impacto do Conhecimento Gerado?

Essa classificação indica se a pesquisa visa conhecimento teórico ou aplicação prática.

Pesquisa Básica

  • Objetivo: gerar conhecimento novo e original, sem preocupação imediata com aplicações práticas.
  • Exemplo: estudo sobre os mecanismos cognitivos da memória de longo prazo.

Pesquisa Aplicada

  • Objetivo: resolver problemas concretos e específicos da realidade social, econômica, educacional etc.
  • Exemplo: desenvolvimento de uma plataforma de ensino para alunos com deficiência visual​

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Método Científico: Qual o Caminho Lógico a Seguir?

O método científico é o caminho racional e estruturado adotado para conduzir a pesquisa e responder ao problema. Ele dá forma ao raciocínio investigativo, podendo ser:

  • Indutivo: parte da observação de casos particulares para gerar generalizações e teorias. É comum em pesquisas qualitativas.
  • Dedutivo: parte de uma teoria ou princípio geral e aplica essa lógica a casos específicos. Amplamente utilizado em pesquisas quantitativas.
  • Hipotético-dedutivo: formula hipóteses e as submete a testes empíricos. É muito utilizado nas ciências naturais e exatas.

Resumo: o método é o “trajeto lógico” que liga problema, objetivos, hipóteses e resultados.

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Técnica de Pesquisa: Quais Ferramentas Você Vai Usar?

Na etapa de coleta de dados de uma pesquisa científica, tão importante quanto definir o problema e os objetivos é selecionar as técnicas e instrumentos adequados que permitirão alcançar as respostas buscadas. As técnicas de pesquisa referem-se aos procedimentos práticos utilizados para obtenção de informações no campo empírico, e estão diretamente relacionadas à abordagem metodológica adotada (qualitativa, quantitativa ou mista).

Essas ferramentas devem ser escolhidas com base no tipo de dado necessário, no público-alvo da pesquisa, na viabilidade prática e nos objetivos do estudo. Uma seleção cuidadosa e estratégica dos instrumentos garante a confiabilidade dos dados e contribui para a robustez das conclusões científicas.

Principais Técnicas de Coleta de Dados

1. Entrevistas

A entrevista é uma das técnicas mais versáteis e utilizadas em pesquisas qualitativas. Ela pode ser:

  • Estruturada: com perguntas previamente definidas e padronizadas;
  • Semiestruturada: combina perguntas abertas com outras previamente estabelecidas;
  • Não estruturada ou em profundidade: conduzida com base em um roteiro flexível, buscando explorar o tema livremente;
  • Entrevistas em grupo e grupos focais: utilizadas para captar opiniões coletivas, com dinâmicas que favorecem a interação entre os participantes.
2. Questionários

Amplamente utilizados em pesquisas quantitativas, os questionários permitem coletar dados de grandes amostras com rapidez. Podem conter:

  • Questões fechadas (com opções de resposta);
  • Questões abertas (em que o respondente tem liberdade de expressão);
  • Escalas de Likert ou outros instrumentos de mensuração de opinião.
3. Observação

É uma técnica que envolve a percepção direta do fenômeno estudado. Pode ser:

  • Sistemática: com critérios bem definidos e registros estruturados;
  • Assistemática: mais exploratória, sem roteiro fixo;
  • Participante ou não participante: dependendo do nível de envolvimento do pesquisador com o ambiente observado​.
4. Análise Documental

Consiste na coleta e interpretação de informações extraídas de documentos escritos, como leis, relatórios, arquivos institucionais, registros escolares ou clínicos, entre outros. Essa técnica é empregada quando o pesquisador precisa compreender contextos históricos ou administrativos.

5. Estudo de Caso

Mais do que uma técnica, o estudo de caso pode ser considerado uma estratégia metodológica completa, mas que se vale de diversas técnicas combinadas — como entrevistas, observações e análise documental — para obter uma compreensão profunda de um fenômeno em seu contexto real​.

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Como Escolher o Tipo de Pesquisa Ideal?

Escolher o tipo de pesquisa ideal não é apenas uma decisão técnica, mas uma etapa estratégica que define o rumo de todo o projeto científico. Essa escolha deve ser guiada por uma combinação entre a natureza do problema investigado, os objetivos do pesquisador e as condições práticas para execução do estudo, como acesso a fontes, tempo, recursos e perfil dos participantes.

A definição do tipo de pesquisa deve partir da pergunta central: “Que resposta estou buscando?”. A clareza sobre o que se deseja compreender, descrever ou explicar é o que orienta a seleção mais apropriada entre as diferentes possibilidades metodológicas​.

Além disso, a delimitação do objeto de estudo influencia diretamente na escolha do tipo de pesquisa. Um tema amplo demais pode inviabilizar abordagens explicativas profundas; já um tema muito específico pode demandar técnicas qualitativas de caráter exploratório. Por isso, alinhar a pesquisa ao grau de maturidade do conhecimento disponível sobre o tema também é essencial.

Outro ponto chave está na viabilidade operacional: não adianta optar por um modelo ideal se ele for impraticável no contexto real do pesquisador. Por exemplo, uma pesquisa experimental requer controle de variáveis e estrutura laboratorial, enquanto uma pesquisa de campo exige acesso direto aos sujeitos investigados.

A escolha do tipo de pesquisa deve ser pensada como um equilíbrio entre o rigor científico e a adaptabilidade ao contexto. Não existe um modelo único ou superior, existe o mais adequado para responder com consistência ao problema formulado.

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Considerações Éticas na Escolha do Tipo de Pesquisa

A escolha do tipo de pesquisa vai além de critérios técnicos ou metodológicos e envolve também um compromisso ético com os participantes, com os dados coletados e com a sociedade como um todo. No ambiente científico, especialmente diante do avanço de tecnologias como a inteligência artificial, as instituições de pesquisa são cada vez mais chamadas a adotar práticas éticas rigorosas desde a formulação até a divulgação dos resultados de seus estudos​.

Responsabilidade Social e Transparência

Todo projeto de pesquisa deve considerar os impactos potenciais sobre indivíduos, comunidades e o meio ambiente. Isso significa avaliar se há riscos de exposição de dados sensíveis, conflitos de interesse, manipulação de resultados ou utilização inadequada dos achados. A transparência metodológica, a explicabilidade dos procedimentos e a previsibilidade dos resultados são componentes essenciais da ética científica.

Equidade e Inclusão

Na escolha do tipo de pesquisa, é preciso garantir que o método não reproduza ou amplifique desigualdades. Por exemplo, pesquisas com populações vulneráveis exigem cuidados especiais com consentimento livre e esclarecido, acessibilidade à linguagem utilizada e retorno dos resultados para os participantes.

Governança e Normas Éticas

Conforme ressaltado por diversas diretrizes internacionais, a ética na pesquisa precisa estar respaldada por princípios como justiça, responsabilidade, privacidade e proporcionalidade. Isso se aplica tanto a pesquisas qualitativas quanto quantitativas, e deve orientar decisões como o tipo de dado a ser coletado, os métodos de análise e a forma de publicação dos achados​.

Formação Ética dos Pesquisadores

As instituições têm um papel associado à capacitação ética dos pesquisadores, promovendo programas de treinamento e criando ambientes que incentivem a integridade científica. Como mostram estudos recentes, muitos pesquisadores ainda não utilizam guias éticos formais em suas pesquisas, o que pode comprometer a confiança nos resultados científicos​.

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Considerações Finais

Ao longo deste artigo, exploramos os principais tipos de pesquisa científica, suas classificações quanto à abordagem, objetivos, natureza e procedimentos técnicos. Entender essas diferenças não é apenas uma exigência acadêmica, mas uma ferramenta essencial para conduzir estudos com rigor metodológico e relevância prática.

Cada tipo de pesquisa – seja ela qualitativa, quantitativa, básica, aplicada, exploratória, descritiva ou explicativa – apresenta vantagens específicas que se alinham a diferentes propósitos investigativos. Pesquisas qualitativas, por exemplo, permitem mergulhos profundos na complexidade dos fenômenos sociais, enquanto as quantitativas se destacam pela objetividade e possibilidade de generalização dos dados. Já os estudos exploratórios abrem caminhos para temas pouco conhecidos, enquanto os descritivos e explicativos refinam a análise e ampliam a compreensão da realidade estudada.

O pesquisador precisa não apenas domine essas categorias, mas saber refletir criticamente sobre qual se adapta melhor ao problema de pesquisa proposto. Isso implica considerar o contexto, os recursos disponíveis, as limitações do estudo e os compromissos éticos que envolvem toda investigação científica.

Portanto, escolher corretamente o tipo de pesquisa impacta diretamente a qualidade dos dados coletados, a validade das análises e a utilidade dos resultados. Mais do que uma classificação técnica, trata-se de uma decisão estratégica para garantir que o conhecimento produzido seja relevante, confiável e aplicável à realidade.

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Confira o 1º Vídeo: Pesquisa Qualitativa

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Confira o 2º Vídeo: Pesquisa Quantitativa

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Referências Bibliográficas

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